Poesia por Lawrence Ferlinghetti (1919-2021)
A poesia, tal como o amor, é um analgésico natural. O rótulo...
ondas curtas
Chuva, vento, frio
Chuva, vento, frio. Saiu equipado para o mau tempo e para a pandemia: guarda-chuva, cachecol, sobretudo, bota alta, meia grossa, luvas, chapéu, óculos, viseira, máscara.
Regressado, fechou-se em casa. E respirou aliviado, livre enfim do confinamento da rua.
As árvores do bosque
CANSADO de humanidade, ganhou pelo. Abjurou a marcha bípede, subiu às árvores do bosque: comeu bagas, frutos silvestres e enxotou a fome dos pássaros. A família pôs anúncios nos jornais, dava alvíssaras a quem a informasse do paradeiro do homem. E ninguém, ninguém até hoje descobriu o professor de pré-história, com horário incompleto.
Texto de Francisco Duarte Mangas publicado originalmente in ...
(Manuel António Pina)
Juventude (ó Alexandre O'Neill!) é tempo, não é virtude.
Heróis, in Visão 4 dezembro de 2003
Nuvem
Comovido querubim
não sabe conter a tristeza
Texto de Francisco Duarte Mangas e ilustração de Renata Carneiro
SOBRE O AUTOR: Francisco Duarte Mangas (Rossas, 1960) foi professor três anos e jornalista durante quase três décadas. Autor de mais de duas dezenas de obras nos domínios da ficção, poesia e literatura para a infância. Colabora com o Correio do Porto desde fevereiro de 2016.
SOBR...
A BULA
Poesia por Lawrence Ferlinghetti (1919-2021)
A poesia, tal como o amor, é um analgésico natural. O rótulo no frasco diz: "Restaura o assombro e a inocência."
Publicado in A poesia como arte insurgente, Relógio d'Água - janeiro de 2017, página 79.