Joma Sipe (1974)
Chegaste ao céu. Não lhe toques; vive dentro dele. Não penses que não é para ti; ele é tudo o que tu és.
Pedro Seabra (1997)
à noite os candeeiros parecem / vergar. as estradas viscosas, frias / e húmidas a contorcer-se,
Eugénio de Andrade (1923-2005)
É Natal, nunca estive tão só. / Nem sequer neva como nos versos / do Pessoa ou nos bosques / da Nova Inglaterra.
José Régio (1901-1969)
Mais uma vez, cá vimos / Festejar o teu novo nascimento, / Nós, que, parece, nos desiludimos / Do teu advento!
Domingos da Mota (1946)
Era Dezembro. O natal esperado / (não havia então ecografia), / poderia ser de um rapaz / ou de uma rapariga
Luís Veiga Leitão (1912-1987)
Natal é uma voz circular / calor de um ovo na palha dos ninhos / e música de flautas habitando / a solidão dos caminhos
Rui Lage (1975)
Poderás ralhar nevermore / nos umbrais da poesia / cobiçar a capoeira / ao galo a cantar pelo menos / desde as cantigas de amigo: