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Sete perguntas a Jorge Palinhos

Sete perguntas a Jorge Palinhos

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CHAMA-SE Jorge Palinhos e é natural de Leiria, mas só por ter nascido na maternidade daquela cidade, pois os pais são oriundos de uma aldeia das redondezas. Hoje mora numa união de demasiadas freguesias para se lembrar delas todas, o que sabe é que vive no centro do Porto. De entre as circunstâncias possíveis de o influenciar (elas são tantas!), aquela que mais o cativa é a montanha enquanto fenómeno geográfico associado à escalada, o que pressupõe esforço e otimismo que, a julgar pelo que vai escrevendo, são características que o definem.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?

Nasci por acidente a 15 de agosto de 1977 na maternidade de Leiria, embora por vontade dos meus pais teria nascido na sua terra natal, uma daquelas aldeias do interior de ambiente tão intenso quanto etéreo, a que Portugal decidiu virar costas e entregar às árvores e às rochas.

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?

Moro numa união de demasiadas freguesias para me lembrar delas todas, no centro do Porto.

3 – Escolas/Universidade que frequentou no distrito do Porto?

Frequentei a Faculdade de Letras para concluir uma licenciatura e um mestrado.

4 – Habilitações literárias?

Tenho a licenciatura e mestrado que referi antes, embora esteja também a fazer um doutoramento noutro lado. Instinto descentralizador oblige.

5 – Atividade profissional?

Acho que posso dizer que sou um desdobrador profissional, visto que me desdobro como escritor, docente universitário, investigador na área do drama e dos jogos, e entre outras coisas que vão surgindo por aqui e por ali. Importa é que sejam coisas que me entusiasmem e que nunca tenha feito antes.

6 – Em que medida o local onde viveu ou vive influenciou ou influencia o seu trabalho artístico/literário/profissional por referência a fenómenos geográficos (paisagem, rios, montanha, cidade), culturais (linguagem, sotaque, festividades, religião, história) e económicos (meio rural, industrial ou serviços)?

NOTA: a pergunta pressupõe a defesa da teoria do Possibilismo (Geografia Regional ou Determinismo mitigado) de Vidal de La Blache, depois seguida em Portugal por Orlando Ribeiro, de que o meio influência (quem sabe se em alguns casos determina?) as opções profissionais e artísticas dos naturais desse lugar.

Não conhecia a teoria do Possibilismo, embora nada tenha contra ela, visto que parece ser um prolongamento da frase de Ortega y Gasset de que o eu é composto por mim e a minha circunstância. Mas de todas as circunstâncias que são sugeridas talvez a que mais me cative seja a montanha. Tenho um fascínio muito japonês por montanhas, pelo esforço e otimismo da escalada que pressupõe, pela distância que sugerem, pela recompensa que prometem. Poderia também admitir que se vivesse numa cidade mais pequena, ou mesmo numa aldeia como aquela em que os meus pais nasceram, dificilmente teria a possibilidade de viver de escrever e ensinar como posso fazer agora. O problema do Possibilismo talvez seja o gerar em nós o impossibilismo: torna-se difícil ver o que me é possível, visto ter tão pouca consciência do que me é impossibilitado.

7 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?

Mantenho com a web uma relação complicada, que não me tem permitido manter uma presença fixa ou regular. Talvez a melhor forma de me acompanhar seja seguir-me no Facebook (https://www.facebook.com/jorgepalinhos), ou ler as crónicas que vou publicando no P3 (http://p3.publico.pt/category/free-tags/jorge-palinhos) ou no Porto24 (http://www.porto24.pt/author/cronistasdobairro/), ou mesmo na editora com a qual tenho colaborado e publicado, a Cultureprint (http://cultureprint.wordpress.com). Estou a tentar montar um sítio meu com novidades mais atualizadas, mas receio bem que a atualidade ultrapasse sempre a minha capacidade de atualização do site.

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