Por um desvio semântico qualquer, que os filólogos ainda não estudaram, passámos a chamar manhã à infância das aves. De facto envelhecem quando a tarde cai e é por isso que ao anoitecer as árvores nos surgem tão carregadas de tempo.
in Trabalho poético [Sobre o lado esquerdo], Livraria Sá da Costa Editora, 3.ª edição, 1998, página 202