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Fóssil por Carlos de Oliveira

Fóssil por Carlos de Oliveira

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A pedra
abriu
no flanco sombrio
o túmulo
e o céu
duma estrela do mar
para poder sonhar
a espuma
o vento
e me lembrar agora
que na pedra mais breve
do poema
a estrela
serei eu.

in Trabalho poético [Sobre o lado esquerdo], Livraria Sá da Costa Editora,  3.ª edição, 1998, página 165

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