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Mário Melo Rocha (1957-2012)

Mário Melo Rocha (1957-2012)

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NATURAL do Porto, Mário Melo Rocha formou-se em Coimbra, onde foi um aluno distinto, tendo-se dedicado muito cedo à advocacia, onde teve Miguel Veiga, seu grande amigo, como mestre que o orientou durante boa parte da sua vida profissional e por quem tinha uma admiração ilimitada. Além da advocacia, quis trilhar outros caminhos: a universidade e a política. Na vida académica, começou por ensinar na Universidade Católica do Porto como assistente e, apesar dos muitos afazeres da sua via profissional, fez o mestrado com distinção na área que lhe era mais querida: do Direito do Ambiente. Mário Melo Rocha participou em diversas iniciativas noutras faculdades, entre as quais a Faculdades de Direito de Lisboa.

Em declarações ao PÚBLICO, Marcelo Rebelo de Sousa diz que, quanto à política, Mário Melo Rocha “foi PPD desde sempre e exerceu várias funções quer na JSD, quer no PSD, ao nível distrital e nacional”, tendo sido conselheiro nacional e membro do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD. Uma das projecções da sua actividade política, recorda Marcelo, era a actividade jornalística, escrevia com prazer, sobretudo artigos de comentário político, o que fez em vários jornais como o Diário de Notícias, o Diário Económico e Jornal de Negócios.

No início da década, o advogado passou a exercer parte da sua actividade em Lisboa – no escritório de Pedro Rebelo de Sousa, que, diz Marcelo, tinha por ele uma consideração excepcional –, conciliando as suas novas funções com a vida académica no Porto. “Mário Melo Rocha era de uma curiosidade ilimitada, de um forte sentido analítico, de uma cultura apreciável e também de um rigor jurídico minucioso. Era amigo dos seus amigos e no que me toca foi um grande amigo e um magnífico colaborador”, recorda o professor e comentador político, revelando que os últimos seis meses da vida de Melo Rocha, “marcados por uma doença (…), revelaram uma coragem psicológica e física excepcional que o levou a manter a sua vida académica e profissional normal até praticamente à véspera da sua morte”.

Membro de vários grupos de reflexão, designadamente da SEDES e Via Norte, Mário Melo Rocha distanciou-se há já algum tempo da política partidária, mas nunca deixou de acompanhar a vida do seu partido. Na disputa pela liderança do partido, Melo Rocha esteve ao lado do actual presidente dos sociais-democratas, Pedro Passos Coelho. Um dos últimos actos públicos em que esteve presente foi precisamente com Pedro Passos Coelho, no Porto, há um ano, na sessão de abertura do fórum de discussão “Mais Sociedade”, um grupo de reflexão composto por independentes e coordenado pelo gestor António Carrapatoso.

Para além de ser professor na Universidade Católica do Porto, Mário Melo Rocha trabalhava na área do Direito do Ambiente e energias renováveis na Sociedade Rebelo de Sousa, em Lisboa.

O corpo de Mário Melo Rocha encontra-se em câmara ardente na capela da Igreja do Cristo Rei, na Praça D. Afonso V, no Porto, e o funeral está marcado para as 10h de segunda-feira.

11 de março de 2012

Por Margarida Gomes

in http://www.publico.pt

—*—

O advogado Mário Melo Rocha faleceu, este sábado, no Hospital de São João, no Porto.

Fonte próxima do advogado contou ao JN que Mário Melo Rocha padecia de um cancro no pulmão, o que indicia que a morte estará relacionada com a doença.

O corpo de Mário Melo Rocha estará em câmara ardente nos Dominicanos, na praça D. Afonso V, no Porto, a partir das 11 horas de domingo.

O enterro decorre na segunda-feira, às 10 horas, no cemitério da Foz, no Porto.

O advogado era professor na Universidade Católica e trabalhava na área do direito de ambiente e energias renonáveis na Sociedade Rebelo de Sousa.

10 de março de 2012

in http://www.jn.pt/

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1 COMENTÁRIO

  1. A VIDA

    Foi-se-me pouco a pouco amortecendo

    a luz que nesta vida me guiava,

    olhos fitos na qual até contava

    ir os degraus do túmulo descendo.

    Em se ela anuviando, em a não vendo,

    já se me a luz de tudo anuviava;

    despontava ela apenas, despontava

    logo em minha alma a luz que ia perdendo.

    Alma gémea da minha, e ingénua e pura

    como os anjos do céu (se o não sonharam…)

    quis mostrar-me que o bem bem pouco dura!

    Não sei se me voou, se ma levaram;

    nem saiba eu nunca a minha desventura

    contar aos que inda em vida não choraram …

    A vida é o dia de hoje,

    a vida é ai que mal soa,

    a vida é sombra que foge,

    a vida é nuvem que voa;

    a vida é sonho tão leve

    que se desfaz como a neve

    e como o fumo se esvai:

    A vida dura um momento,

    mais leve que o pensamento,

    a vida leva-a o vento,

    a vida é folha que cai!

    A vida é flor na corrente,

    a vida é sopro suave,

    a vida é estrela cadente,

    voa mais leve que a ave:

    Nuvem que o vento nos ares,

    onda que o vento nos mares

    uma após outra lançou,

    a vida – pena caída

    da asa de ave ferida –

    de vale em vale impelida,

    a vida o vento a levou!

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