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O Pico por Vitorino Nemésio

O Pico por Vitorino Nemésio

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À memória de Tibério Ávila Brasil

Alevanta-se o Pico como a lava
intacto o arredondou na espuma espessa.
Uma nuvem de neve o tinge, e a brava
onde o asperge de aroma na cabeça.
Das calhetas de peixe e loiro vinho
tiram seu pão os homens. O moinho
usa a vela do barco. E, à maré cheia,
com sinais de alto mar no lombo, e linho
no fio árduo e mortal, sangra a baleia.

in Poesia III (1963-1976), INCM

 

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