Pousado na mesa da cozinha
conserva ainda a rama fresca
e aquela brancura de neve com laivos
arroxeados de quem foi há
pouco arrancado da terra
Porque se vendem em número
de três? Será que isolado um nabo
não se aguenta? E se for
um par? Será que não há nabo
para além do nabo? Será que é
de nabos que estou a falar?
Jorge Sousa Braga in O novíssimo testamento e outros poemas, Assírio & Alvim, abril 2012, página 42