Foi Eliza por poucas semanas
quando era bebé –
Eliza Lily. Depressa mudou para Lil.
Mais tarde foi Sra. Steward na padaria
e depois ‘meu amor’, ‘minha querida’, Mãe.
Enviuvou aos trinta anos, voltou a trabalhar
como Sra. Hand. A filha cresceu,
casou e deu à luz.
Agora era a Nanna. “Toda a gente
chama-me Nanna”, dizia ela às visitas.
E assim faziam – amigos, comerciantes, o médico.
Na enfermaria geriátrica
usavam os nomes de batismo dos doentes.
“Lil”, dizíamos, ”ou Nanna”,
mas não estava na ficha dela
e naquelas últimas semanas desnorteadas
voltou a ser Eliza outra vez.
in The orange and other poems, 2023, Faber and Faber Limited, página 22, tradução PML