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Rui Rio (1957)

Rui Rio (1957)

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Será justo o Governo dar 15 milhões às empresas de comunicação social quando não o faz às outras e quando a muitas delas (designadamente às da Saúde) nem sequer paga o que deve a tempo e horas ? E será correto que o faça por compra de publicidade ao Estado que ele próprio gere? 27. As pessoas que durante um ano e tal andaram a procurar destruir o partido, a destruir a minha liderança, a destruir a direção nacional, fizeram tudo o que estava ao seu alcance para isso, e chegar à última da hora [para] aparecer e dizer que dão um grande apoio é uma situação hipócrita. 

26. “Sabe quanto ganha um professor em topo de carreira?”, perguntou a um jornalista, para responder logo de seguida: “À roda de três mil euros por mês.” 

25. Ich weiss nicht, was sie sagen” (“Não sei do que falam”). 

24. PENSO que isso é aquilo que todos nós desejamos. Estão criadas, neste momento, as condições, está uma estrada aberta para essa cooperação (com Angola) que tem já muitos anos, como todos sabemos. Pronto, tem os seus acidentes de percurso, teve um acidente de percurso como todos sabemos e não vale a pena naturalmente escondê-lo, mas uma vez ultrapassado temos é que trabalhar e estreitar ainda mais os laços. 

23. VAMOS fazer um acordo: vamos aceitar esta ajuda do sistema financeiro. Porque é que o Governo se recusa a dizer quem foram aqueles credores hoje devedores da banca que não estão capazes de devolver as verbas? Não é destes que estamos a falar (compraram uma casa, um carro ou uma televisão) estamos a falar de um escasso número de pessoas que ficaram a dever milhões e milhões na Caixa e no Novo Banco e que, se calhar, em alguns casos, serão os mesmos de um lado e de outro. Se não temos capacidade para melhorar a vida das pessoas digam-nos quem são os principais responsáveis por isto ter acontecido. 

22. DAS alterações, a que me parece grave é isenção total de IVA para os partidos políticos. Não faz sentido, imaginem que o partido tem um bar onde vende umas cervejas e não paga IVA e isso não tem nada a ver com a política. A forma não é a correta, tem que ser feito com transparência e com tempo. Havia ajustamentos legais a fazer, agora o aproveitamento para isentar os partidos não acho nada bem. Por exemplo, estão em causa questões da Festa do Avante! [do PCP] e não acho correto que se vá por aí. 

21. ACHO que nós precisamos de um novo 25 de Abril, não um 25 de Abril militar, mas um 25 de Abril civil e reformista. Estamos em hora de revisitar o 25 de Abril para dar à democracia a vitalidade que ela precisa. 

20. NA política, como na vida, palavra dada deve ser palavra honrada. A política precisa de banho de ética, não pode valer tudo. (…) Hoje não tenho a minha palavra ética presa a qualquer compromisso. Posso decidir livremente. Hoje estou disponível para estar com os dois pés no PSD e no país. 

19. SE me pedirem um investimento importante para a cidade do Porto, consigo facilmente dizer dois ou três, mas sobre Coimbra não sei dizer. Quanto mais próximos do problema, mais se tem capacidade para decidir bem [sobre o investimento]. 

18. SOU cidadão do Porto, nasci no Porto, voto no Porto, o normal é que eu apoie o candidato que é proposto pelo meu partido. Pode dizer-se que já houve momentos em que não o fiz [apoiar o candidato do partido], mas foi motivado por uma situação completamente anormal, eu também tive uma atitude anormal. 

17. QUEREMOS um candidato que não se limite a uma herança boa, que é o que se passa com a Câmara do Porto e o atual governo. Álvaro Santos Almeida é o candidato para dar um futuro ao Porto e às pessoas, que não podem ser figurantes ou tratadas como décor da segunda mais importante cidade do país. 

16. CLARO que tudo tem um limite e chega uma dada altura em que as pessoas começam a perceber. Alguns têm arte para durante bastante tempo andarem a enganar, até deturpando o que os outros disseram que é verdade, transformando a verdade dos outros em mentira. Se alguém rouba é preso – nem sempre, mas enfim [risos]. Ou melhor, se roubar coisa pequena é preso; se roubar uma coisa muito grande já é diferente. Já tem um inquérito, já tem uma acusação ou não. Aí já é muito mais complicado. 

15. INDEPENDENTEMENTE de ter a maior simpatia pelas senhoras, eu vejo um pouco difícil estarmos a dizer às empresas cotadas dizer que agora têm xis meses para meter não sei quantas senhoras para meter na administração porque isto é criar mais dificuldades a uma coisa que neste momento não se devia criar dificuldades. (…) lá mais à frente, quando as coisas estiverem mais estabilizadas, podemos ter esses luxos saudáveis. 

14. A MINHA pergunta é: não seria salutar que nós reduzíssemos o IVA, o IRS, o IRC, os três, só num, dois deles e, por contrapartida, criássemos um imposto, vou dizer uma palavra que tecnicamente não se pode dizer, mas para me fazer entender, consignado ao pagamento dos juros da dívida pública. 

13. QUANDO estou a pôr as coisas na ordem em termos financeiros e administrativos, ao mesmo tempo não posso ter as paredes da cidade grafitadas e as ruas sujas. Tenho de ser coerente. Os detalhes são importantes. 

12. HOJE há uma enorme dificuldade em se conseguir gente séria e capaz para militar desinteressadamente na política, e esse fenómeno é diretamente responsável por essa baixa de qualidade que quase todos identificamos. 

11. SE isto continuar assim, o que vai acontecer é que caminharemos para uma ditadura, mas não é uma ditadura clássica, onde se possa dar um tiro no ditador e acabou. É uma ditadura provocada pelo enfraquecimento da democracia. Porque cada vez mais o poder político é mais fraco e sucumbe perante os interesses corporativos e privados. 

10. O PAÍS nestes quase 20 anos não melhorou em termos de descentralização e desconcentração, bem pelo contrário, piorou. Eu acreditava que o sistema tinha virtualidades que iam permitir um país mais equilibrado, mas falhou e eu estava enganado. 

9. SE eu lá fosse, ainda me arriscava a ser um elemento central do congresso. O dr. Pedro Passos Coelho resolveu candidatar-se, com base em ter sido o mais votado (embora não o vencedor). Tem essa legitimidade, eu não quero perturbar. 

8. DEPOIS de ter votado não à regionalização, é a experiência que me diz que Portugal tinha tudo a ganhar com ela. Todos os dias vemos decisões de quem não entende nada do assunto. Se estiver longe do problema vou resolvê-lo mal. Não voto sim a qualquer processo de regionalização. Votarei sim a um que consiga impor uma lógica e produtividade nos serviços públicos. 

7. NÃO são todas mas há demasiadas notícias deturpadas. Demasiadas notícias sem verdade, rigor, isenção e independência. 

6. SOU totalmente alheio a todas essas notícias que, sem fundamento, inventaram essas datas, e estou mesmo em crer que algumas delas tinham apenas o objetivo político de tentar dar a falsa ideia de que haveria permanentes avanços e recuos da minha parte. 

5. NÃO existem fontes próximas de mim, muito menos fontes bem informadas. As únicas que poderão existir são fontes anónimas, mas essas serão tão anónimas, que nem eu as conheço de lado algum. 

4. A COMISSÃO de inquérito à falência do BES é das poucas coisas que tem prestigiado a Assembleia da República desde há muitos anos para cá, porque o que está ali em causa não é propriamente atacar o partido A ou o partido B, mas a assembleia a procurar descobrir e a inquirir sobre algo que foi dramático para o país, sem preocupações de ‘partidarite’, colocando o povo ao lado da assembleia. 

3. OS municípios tiveram um papel absolutamente determinante no desenvolvimento do país nestes 41 anos. Se nós pegarmos no endividamento global das 308 câmaras, ainda assim o seu endividamento representa hoje 3% da dívida pública global. Quem pôs o país no buraco foi a administração central, não foi a administração local. A administração central é gastadora e é incompetente. 

2. QUANDO um ministro não consegue perante um juiz da comarca encerrar uma maternidade é evidente que temos aqui uma confusão na separação de poderes. 

1. EM 1974 caiu um regime que estava podre. Tinha 41 anos de idade, levou um encontrão e caiu de podre. O regime que temos hoje está quase com os mesmos 41 anos que o Estado Novo tinha em 1974, face à Constituição de 1933. Achamos que este regime, ao contrário de tudo o mais na nossa vida e no mundo, é eterno. Mas não é. Nem o Sol nem a Terra são. Têm um fim. E se todos os regimes políticos anteriores tiveram um fim, este, vos garanto, que tem fim também. 

Ilustração de Maria Mónica

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