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Lugares-comuns (76 – Relatos de futebol escritos)

Lugares-comuns (76 – Relatos de futebol escritos)

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– Bruno Fernandes tenta chegar a uma bola alta com o pé Nehuen Pérez. E faz falta. Vai ser expulso.

– Segundo cartão amarelo para Bruno Fernandes. E vai para a rua.

Relato escrito do jogo entre F. C. do Porto e Manchester United publicado no Jornal de Notícias online no dia 3 de outubro 2024.

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– Pelo buraco da agulha! Sérgio Oliveira serviu Otávio na área, em profundidade e o brasileiro, na linha de fundo, tocou para Maxi. O uruguaio atirou com força e por entre as pernas de Beunardeau. A bola só parou na baliza.

Relato escrito do jogo entre F. C. do Porto e Desportivo das Aves (Super Taça) publicado no Jornal de Notícias online no dia 4 de agosto.

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– Francisco Conceição assistiu Cristiano Ronaldo no coração da área, mas o jogador do Al Nassr atirou por cima da baliza. Inacreditável.

Relato escrito do jogo entre França de Portugal no campeonato da Europa de 2024 publicado no Jornal de Notícias online no dia 5 de julho.

 

Lugar-comum: 1) fonte geral de onde os oradores podem tirar argumentos e provas para qualquer assunto. 2) conjunto de fontes hierarquicamente ordenadas e criticadas das quais se servem os teólogos para fundamentar os argumentos da doutrina católica. 3) ideia, frase, dito, sem originalidade; banalidade, chavão. 3.1) o que é do conhecimento de todos; coisa trivial <feijão com arroz é um lugar-comum na alimentação dos brasileiros> Lugares-comuns: banalidade, bordão, chapa, chavão, cliché, estereótipo, tópico, trivialidade, vulgaridade.

In Dicionário Houaiss da Lingua Portuguesa, Círculo de leitores, Lisboa 2003

Lugar-comum: elemento fundamental e glória particular da literatura popular. Uma ideia que ressona em palavras que fumegam. A sabedoria de um milhão de tolos no discurso de um cretino. Um sentimento fossilizado numa pedra artificial. Uma moral sem história. A parte mortal de uma verdade defunta. Meia taça de leite-e-moralidade. A cauda de um pavão sem penas. Uma alforreca seca à beira do mar do pensamento. Um cacarejo que sobrevive ao ovo. Um epigrama dessecado.

In Dicionário do Diabo de Ambrose Bierce, tradução de Rui Lopes, Tinta da China, Lisboa, janeiro de 2006

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