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Luísa Neto, 44 anos

Luísa Neto, 44 anos

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PROFESSORA há mais de 20 anos na Faculdade de Direito da Universidade do Porto (FDUP), Luísa Neto detém um percurso académico e profissional exemplar. Mas esse é apenas o lado Direito desta lisboeta convertida aos ares do norte. Cinéfila assumida, atriz de teatro nas horas vagas, também encontra tempo para escrever livros. O último chama-se “Educação e(m) Democracia” e propõe uma reflexão profunda sobre o tema da educação para os direitos humanos e para a democracia.

Licenciada pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Luísa Neto é doutorada pela FDUP, onde é, desde 1995, professora na área do Direito Público (Ciência Política, Direito Constitucional, Direitos Fundamentais). Atualmente exerce também as funções de diretora do 3ª Ciclo de Estudos em Direito e é membro do Conselho Científico e da Comissão de Ética. É ainda membro do Comité de Ética do Departamento de Ciências Sociais e de Saúde da Faculdade de Medicina da U.Porto e das Comissões Científicas do Mestrado e do Doutoramento Interdisciplinar em Ciências Forenses da U.Porto.

Para além de colaborar com outras instituições científicas e universitárias, é autora de diversas publicações na área do Direito Constitucional, Direitos Fundamentais e Bioética. Foi dessa faceta que nasceu “Educação e(m) Democracia”, uma obra editada pelas U.Porto Edições em que aborda a questão da educação para a democracia no âmbito da teoria política, do direito constitucional e dos direitos fundamentais. A e sse propósito, defende que “a educação em/para a democracia deve comportar não apenas a transmissão de informação sobre os valores ínsitos a um regime democrático, mas ainda uma vertente transversal de formação que potencie e motive a tomada de deci­sões políticas informadas e desenvolva uma cultura constitucional de partici­pação em um Estado plural”.

Fora das salas de aula, os cursos de fotografia e o mergulho são apenas algumas das paixões que Luís Neto faz por alimentar com regularidade. Mas é ao teatro que dedica boa parte do seu tempo e talento. Por isso mesmo, pertence ao grupo de teatro DireitoàCena, da FDUP, com o qual levou à cena peças como O Processo segundo Kafka, A Medeia, Mulher ao Espelho, Biblioteca Infernal e Ópera do Falhado.

Naturalidade?

Portuguesa.

Idade?

44, going on 45.

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

Da sensação de multiplicidade e pertença.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

Do não aproveitamento da potencial transversalidade.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

No sentido de permitir o cruzamento de interesses, um verdadeiro registo de áreas de investigação e expertise, na senda do que se tenta/tentou com o UPoint.

– Como prefere passar os tempos livres?

Tendo consciência de que são…livres. Leitura, cinema e conversa descontraída com os amigos à volta de uma mesa. E voltar ao Alentejo sempre que possível.

– Um livro preferido?

Preferindo referir-me a autores portugueses, qualquer um do Vergílio Ferreira: absolutamente doce, mas também desconcertantemente cáustico.

– Um disco/músico preferido?

Sérgio Godinho, sempre. E música francesa..

– Um prato preferido?

Qualquer um com alheira, farinheira ou morcela…

– Um filme preferido? 

Muito difícil o ranking. Ainda assim, fugindo dos óbvios, e pela lembrança estética que perdura na memória, La double vie de Véronique, de Krzysztof Kieślowski. Mais recente, El secreto de sus ojos, de Juan José Campanella.

– Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)? 

Um desejo antigo, a realizar felizmente já em abril: Argentina (Buenos Aires, Patagónia e Terra do Fogo).

– Um objetivo de vida?

Manter a dignidade, defender a minha liberdade e respeitar a dos outros.

– Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)

É um lugar comum mas haverá uma razão para ser comum: Nelson Mandela.

 – O projeto da sua vida…

Li há muito tempo uma frase bonita do Nuno Júdice, dizendo qualquer coisa como em acreditarmos que toda a energia que teimamos em entregar às coisas pode demorar a dar fruto, vai dar a volta ao mundo mas depois um dia nos surpreende pelas costas. É nisso que aposto.

– Uma ideia para promover uma maior ligação entre a Universidade e os seus Alumni?

(Real) sensibilização, a todos os níveis etários, para a temática dos direitos fundamentais, que são o esteio de um Estado de Direito.

Por Inês Maria Pinto publicado in http://noticias.up.pt/

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