Em 2 de Abril comemora-se o Dia Internacional do Livro Infantil, pois foi nessa data que, em 1805, nasceu em Odense, Dinamarca, um dos pais da literatura para crianças: Hans Christian Andersen (1805-1875), autor das inesquecíveis histórias de “A Ondina”, “O patinho feio”, “O rouxinol”, “A rainha das neves”, “O abeto”, “O valente soldado de chumbo”, “O fato novo do imperador” e outros contos que se tornaram imperecíveis pela sua humanidade, pelo maravilhoso, pela admirável inventividade e pelo sentido crítico. →
29. Ninguém interessado pela criação poética, em Portugal, ignora a importância desta revista (ou série de volumes, se se preferir), conhecida pelo belo nome de DiVersos, e que, em Fevereiro de 2020, chega ao número 29, sendo editada em Águas Santas (Maia, área metropolitana do Porto) pelas Edições Sempre-em-Pé. →
28. Entre nós, Abril é o mês do livro. A 2 comemorou-se o Dia Internacional do Livro Infantil, a 23 o Dia Mundial do Livro, e em bibliotecas públicas e escolas são frequentes as actividades relacionadas com a leitura. Mas Abril é também o mês da liberdade. E este ano comemoramos os quarenta e cinco anos desse(s) dia(s) mágico(s) e exaltante(s), em que o povo português, em aliança com os seus soldados e capitães (cravos vermelhos nos canos das espingardas), fez ruir o fascismo e reconquistou a liberdade e a democracia roubadas, bem como o direito a lutar por uma vida melhor. →
27. Desintoxique-se, pois, leitor/a. Como? Lendo. Comece pela bela «Antologia poética de Língua Portuguesa nos cem anos da Revolução de Outubro» a que Francisco Duarte Mangas – ele próprio poeta, contista, romancista de reconhecido valor – deu o título de O Povo, Meu Poema, Te Atravessa (Modo de Ler, 2018), além de a prefaciar. →
26. 2018 foi ano de luta das gentes do teatro e de outras artes. E essa luta é óbvio que não pára, porque muitos e muitos problemas continuam, como se sabe, por resolver, no domínio do apoio às artes. E há, por outro lado, uma exigência, clara, que na ordem do dia se mantém: 1% para a Cultura! →
25. Também eu, caro leitor, cara leitora, sinto às vezes essa coisa feia a que chamam inveja. Mas não tenho receio de o afirmar aqui, pois invejo, neste caso, um escritor muito admirado: o uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015), que publicou, n’O Livro dos Abraços, este trecho que quereria ter sido eu a escrever. →
24. Já que outros se não puderam salvar, que ao menos o Zeca se salve do caldeirão panteónico. Honrar a sua memória é recuperar, no quotidiano e para a formação dos futuros cidadãos, o seu exemplo cívico. →
23. Da defesa da democracia no Brasil à ala pediátrica do Hospital de São João vai um Agosto com teatro, jazz ao relento e música gravada, muitos e bons filmes, e literatura – são as sugestões de Agosto. →
22. É a voz, ainda, de Victor Jara e a notícia da justiça que finalmente colhe os seus assassinos, a marcar o início deste roteiro estival. Música, teatro, exposições e livros, sem esquecer um viva à Paz. →
21. Poderia, em suma, sugerir-lhe muita coisa. Mas a opção, neste caso, vai ser ficarmo-nos pelos livros. Porque o tempo é de festa do livro. Em Lisboa, claro está. →
20. Uma das omissões que mais indignam nos media portugueses dominantes (e falo apenas destes, lá fora a orientação é semelhante) prende-se com o quase silêncio quer em relação à repressão israelita da heróica resistência palestina quer às acções e medidas legislativas que, no momento actual, representam a reconhecível ascensão de uma lógica fascista no estado de Israel liderado por Netanyahu, com o respaldo da administração norte-americana e dos seus aliados ocidentais e árabes. →
19. Livros, autores, livrarias – as muitas que fecham e as poucas que abrem. Receita em onze passos (a evitar) para fechar livrarias. Tributos merecidos, exposições a não perder, alguma música e teatro para a infância. Em Março. →
18. Nestes difíceis tempos para o povo da Palestina, difícil seria não começar por aí este roteiro, em que se fala naturalmente de Mahmud Darwich, mas também de Nicanor Parra, de música, teatro, cinema, exposições, oficinas artísticas, livros e do que mais se verá. →
17. Esta foi a semana em que a mobilidade dos trabalhadores portugueses ficou mais difícil, porque mais cara: 2,5% de aumento nos transportes públicos, sendo de 2% a percentagem de aumento médio nos transportes colectivos rodoviários interurbanos de passageiros em percursos inferiores a 50 quilómetros (Rodoviária), bem como nos transportes colectivos nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto (Carris e STCP), incluindo transportes fluviais, e comboios urbanos e suburbanos em percursos inferiores a 50 km. Como não lutar para contrariar esta política? →
16. Eu gostava do Zé Pedro (não sei de quem não gostasse), gosto da música dos Xutos, esse rock que marca um tempo que é também o meu, que é o nosso – anos 80, 90, fim de século, um rio de anos até hoje. Gosto do som da guitarra do Zé Pedro, gosto da voz. E lembro as suas letras. E o seu sorriso. Por isso me deixa triste, muito triste, a notícia da sua partida. →
15. Lá pelos inícios dos anos 80 do século passado, Eugénio de Andrade escreveu um curto poema de exaltação da língua, mais do que dos frutos, que viria a fazer parte do seu livro Aquela Nuvem e Outras, de 1986. →
14. No início de Julho de 1972, vindo do Porto, cheguei pela primeira vez a Paris, no Sud Express. Era um estafado comboio repleto de emigrantes portugueses, muitos já de regresso a França, após um período de férias, outros entregues ao início da aventura migrante. →
13. A cultura, hoje, é feita de vinho, um museu, uma biblioteca, umas ruínas, duas vilas, gastronomia, uma paisagem… →
12. É já na próxima quarta-feira o dia 8 de Março. E por isso não espere, caro leitor, cara leitora, que hoje comece por Los Angeles, Viena, Tóquio ou Évora. Não são esses os centros do mundo. Hoje, o centro é já a Mulher. →
11. Porque não Washington ou Nova Iorque ou São Francisco? Sim, nestes dias marcados por uma estranha histeria, a América talvez seja um dos centros do mundo. →
10. Hoje não sei para que centro me virar (salvo seja). Acho que para já me fico por Coimbra, Teatro da Cerca de S. Bernardo, onde, como dizem os da Escola da Noite, «o ano começa da melhor maneira, com o Taleguinho a dar as boas-vindas a 2017», ano em que o Teatro e a companhia celebram o seu 25.º aniversário. →
9. É possível fazer um balanço da actividade literária em 2016, seus contextos, constrangimentos e implicações? A tentativa aí fica. →
8. Que longe me sinto do centro do mundo – que hoje é a vila de Mora. Ou será a cidade de Almada, embandeirada de futuro? (Embora pudesse ser também a ilha de Cuba, nesta hora difícil, mas também ela vestida de futuro. →
7. Hoje, observo uma vez mais o planisfério e a indecisão é grande. Onde estará o centro? Em Xangai, Edimburgo, Chicago? Em Mossul, Ramallah, Caracas? →
6. Não, o centro do mundo hoje não é Berlim, nem Paris, nem Camberra. Hoje o centro do mundo é Peniche… Corrijo-me: hoje os centros do mundo são vários. Quer saber quais? →
5. Ia escrever que, hoje, o centro do mundo se tinha deslocado para Serpa – e que esse centro não era certamente Wall Street ou a City. →
4. Quando vi pela primeira vez Barry Lyndon, de Stanley Kubrick – corria o ano de 1977, creio –, estava longe de ter uma cultura geral aceitável (duvido ainda hoje que a tenha). →
3. Uma família, a dos Soeiro Pereira Gomes, que não é, todavia, natural do Porto, embora seja oriunda do distrito e, efectivamente, tenha vivido e trabalhado na cidade. →
2. Um homem é feito de livros →
1. Explica como é possível (e tão bom) viajar de livro! →