Miguel Gomes (1975)

/ 2045 leituras
Por entre as folhas de tília / onde os teus passos molhados saciavam a tarde / havia um vazio musicado,

Adélia Prado

/ 376 leituras
Na minha cidade, nos domingos de tarde, / as pessoas se põem na sombra com faca e laranjas.

Isabel de Sá (1951)

/ 2062 leituras
Nada de cinismo / a vida é boa / ainda não há guerra / nem peste nem fome.

Reiner Kunze

/ 685 leituras
Manhã após manhã o seu toque devasta / o meu sono, como se fosse vontade de deus castigar aqueles / que à noite não conseguem adormecer / no mundo dele

Nuno Rocha Morais (1973-2008)

/ 1433 leituras
Não me demoro, prometo: / Há, afinal, tantos indícios / De que também o mundo tem pressa,

Maria Marcelina (1921-2005)

/ 594 leituras
Nem sonho / Nem verdade / Ou fantasia / É a Arte que cria / Não cria o sonho / Não é sequer verdade / Mas é sonho / É verdade / E fantasia 

Rosa Alice Branco (1950)

/ 3623 leituras
A pele espera nas coisas a carícia do uso / como o cão anseia pelo dono.

Daniel Filipe (1925-1964)

/ 801 leituras
Um amor como este / não pede mar ou praia: / somente o vento leste / erguendo a tua saia.

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)

/ 2604 leituras
Com voz nascente a fonte nos convida / A renascermos incessantemente / Na luz do antigo Sol nu e recente / E no sussurro da noite primitiva

José Régio (1901-1969)

/ 3668 leituras
Mais uma vez, cá vimos / Festejar o teu novo nascimento, / Nós, que, parece, nos desiludimos / Do teu advento! 

Catarina Ferreira (1990)

/ 2167 leituras
Nas minhas mãos tenho o maior poder / Escrevo os medos e alegrias sem crer / Que esta minha condenação / Será a minha salvação

António Osório

/ 865 leituras
Porque há um sentido / no lírio, incensar-se; / e no choupo, erguer-se; / e na urze arborescente, / ampliar-se; / e no cobre, a primeira cura, / que dou à vinha, / procriar-se.

Inma Doval (1966)

/ 3004 leituras
I / n / v / e / r / n / O  corpo só / no desamparo / rubindo polos tellados / baixo os que agora te deitas. // Repousa vagalume  no océano.

Alexandre O’Neill (1924-1986)

/ 509 leituras
Não o amor não tem asas / se tem asas são as mãos / que se enlaçam para a festa / maravilhosa do corpo / e entre elas o coração

Pedro Estorninho (1974)

/ 2484 leituras
Rebentar como a terra, / avançar devagar no corpo do fogo.