Inês Lourenço

/ 4203 leituras
Não precisa de respiração assistida / para o ar lhe circular entre os vocábulos. Nem / jaz inerte e horizontal numa febre letárgica / que lhe impõe caminhos

Papiniano Carlos (1918-2012)

/ 4199 leituras
O Sol / brilhava agora / cheio de alegria / e sacudia / a luz / da sua imensa cabeleira / sobre o mundo.

João Manuel Ribeiro (1968)

/ 4162 leituras
Outro e outro e outro / não se cansam os relâmpagos / de beijar a montanha

Alexandra Malheiro (1972)

/ 4146 leituras
Tantas vezes que me apetece / matar as palavras ou / ficar quieta num canto à espera / que elas me matem.

Francisco Duarte Mangas (1960)

/ 4142 leituras
que procuro no maio reescrito / cerejas, manhã de ervas / húmidas pelos rios de basto

Óscar Possacos (1962)

/ 4014 leituras
cantaria / a pedra transformada / por fora.

Domingos da Mota (1946)

/ 3944 leituras
Era Dezembro. O natal esperado / (não havia então ecografia), / poderia ser de um rapaz / ou de uma rapariga

Luís Veiga Leitão (1912-1987)

/ 3938 leituras
Natal é uma voz circular / calor de um ovo na palha dos ninhos / e música de flautas habitando / a solidão dos caminhos

Almeida Garrett (1799-1854)

/ 3833 leituras
É lei do tempo, Senhora, / Que ninguém domine agora / E todos queiram reinar.

Aurelino Costa (1956)

/ 3785 leituras
Vêm de um canto da sala, / as vozes e eu / vejo-as salubres sombras / nos altares / enquanto um caracol / nas paredes corre

Fernando Aguiar (1956)

/ 3713 leituras
Dizer o que se diz equivale / a dizer o que não se diz.

José Régio (1901-1969)

/ 3670 leituras
Mais uma vez, cá vimos / Festejar o teu novo nascimento, / Nós, que, parece, nos desiludimos / Do teu advento! 

Manuel Araújo da Cunha (1947)

/ 3662 leituras
Presos nas amarras / inventamos horizontes / Quem me leva / ao corpo do rio / e a morrer dentro dele

Rosa Alice Branco (1950)

/ 3623 leituras
A pele espera nas coisas a carícia do uso / como o cão anseia pelo dono.

Jorge Gomes Miranda (1965)

/ 3517 leituras
Se outras preferiam os tecidos de seda / do desejo / ela dava-se à ganga coçada / do amor / depois de noites mal dormidas.