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Sete perguntas a Nuno Miguel Maia

Sete perguntas a Nuno Miguel Maia

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NUNO Miguel Maia, fotógrafo de profissão, nasceu em Massarelos e reside em Lordelo do Ouro. Como todos sabem, aqueles dois lugares, outrora freguesias vizinhas, com a reforma administrativa de 2013 passaram a ser uma união. Já para o fotógrafo, a divisão da cidade (cada vez mais união) é encarada noutra perspetiva: faz-se entre o rio o mar, entre o rural e o urbano. Conta que durante a adolescência aprendeu a ler as linhas das ondas e a divisão que provocam no olhar. Habituou-se, por isso, a procurar captar o duplo sentido das coisas, o corpo/alma dos lugares.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?

2 de Agosto de 1978, Massarelos, Porto.

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?

Lordelo do Ouro, Porto.

3 – Escolas/Universidade que frequentou no distrito do Porto?

Instituto Superior de Tecnologias Avançadas/Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

4 – Habilitações literárias?

Licenciado em Multimédia, Mestrando em Arte e Multimédia.

5 – Atividade profissional?

Tecnologias de Informação/Fotografo.

6 – Em que medida o local onde viveu ou vive influenciou ou influencia o seu trabalho por referência a fenómenos geográficos (paisagem, rios, montanha, cidade), culturais (linguagem, sotaque, festividades, religião, história) e económicos (meio rural, industrial ou serviços)?

A cidade do Porto influenciou e influencia o meu modo de ver. O meu trabalho artístico, aquele onde tenho somente o meu tempo e espaço e não o do cliente tem como base a dicotomia, seja ela estética ou temporal jogue ou não com a dualidade da interpretação nas construções das imagens.

A minha cidade é rio e ao mesmo tempo mar, é rural e ao mesmo tempo citadino. Sempre vivi e senti essas divisões. Muito ligado ao mar na adolescência, aprendi a ler as linhas das ondas e a divisão que provocam no olhar. Diversas vezes apelo ao duplo sentido das coisas/objetos como o copo meio cheio ou meio vazio assim como o balão com éter ou areia.

Ao escolher uma dicotomia para definir o local onde vivo seria corpo/alma. Ser portuense é em parte saber viver com a diversidade seja ela geográfica, cultural ou económica. A influência provem do viver nessa diversidade. Muito do trabalho realizado em viagens, com realidades culturais e religiosas muito distintas sinto essa influência e procuro-a na construção de imagens, procuro corpo/alma.

7 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?

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