Paulo José Borges (1969)
Na minha rua viviam // a Brazelina, / a Durvalina / o Porfírio, / a Aureliana / a Miquelina / a Iria / a Mimosa / a Evangelina / o Maximiliano / a Graziela / e até a Liberdade
Anabela Borges (1970)
Tece-se o tempo em meadas de branco e chumbo, / braçadas de nostalgia. / tempestade em vista.
Sofia Moraes (1963)
cabe a cada coisa seu lugar / e a linha que traça no ar / e merecer um olhar de criança / longe do hábito de / chamar-lhe verde
João Cabral de Melo Neto (1920-1999)
J., agora que de regresso / não a teu país, mas à mesma / língua em que te falei / íntimo de cama e mesa,
Víctor Valqui Vidal (1942)
No tengas miedo / a lo que no conoces. / El extraño puede ser / una nueva amistad.
Nuno Rocha Morais (1973-2008)
Não me demoro, prometo: / Há, afinal, tantos indícios / De que também o mundo tem pressa,
Miguel d’Ors
Mal tinha começado, no topo desta folha, / a escrevinhar uns versos quando passa / - com um enorme feixe de milho à cabeça / e estrume nos tamancos - Argimira.
Manuel Araújo da Cunha (1947)
Presos nas amarras / inventamos horizontes / Quem me leva / ao corpo do rio / e a morrer dentro dele