João Saraiva (1866-1948)
Há corações felizes / Que rápido se esquecem! / Esses não envelhecem... / São os ingratos — dizes.
William Carlos William
Lá estavam eles / enganchados um no outro / o cão e a cadela / reduzidos a um
Alexandre O’Neill (1924-1986)
Não o amor não tem asas / se tem asas são as mãos / que se enlaçam para a festa / maravilhosa do corpo / e entre elas o coração
Paulo José Borges (1969)
Na minha rua viviam // a Brazelina, / a Durvalina / o Porfírio, / a Aureliana / a Miquelina / a Iria / a Mimosa / a Evangelina / o Maximiliano / a Graziela / e até a Liberdade
Joma Sipe (1974)
Chegaste ao céu. Não lhe toques; vive dentro dele. Não penses que não é para ti; ele é tudo o que tu és.
Francisco Duarte Mangas (1960)
que procuro no maio reescrito / cerejas, manhã de ervas / húmidas pelos rios de basto
Nuno Rocha Morais (1973-2008)
Não me demoro, prometo: / Há, afinal, tantos indícios / De que também o mundo tem pressa,